E o clube mais popular do Brasil está fora.
Não disputará a competição de base mais importante do país.
127 clubes estarão na competição.
E o Flamengo, não.
A esmagadora maioria das equipes é formada por times de empresários, que usam o insano e inchado torneio como mero balcão de negócios.
Vitrine para seus garotos que ainda não conseguiram ir para a Europa.
Sim, porque os melhores jogadores brasileiros entre 12 e 16 anos, já estão comprometidos com equipes do Velho Continente.
Sem hipocrisia, há cada vez menos atletas com o talento de Rivaldo, Casagrande, Falcão, Dida, Cafu, Raí, Djalminha, Toninho Cerezo.
Os 127 times se enfrentam entre amanhã, dia 2, e a final, no dia 25, aniversário de São Paulo.
23 dias de overdose de partidas.
Uma fugaz peneira para agradar empresários e prefeituras.
Equipes que levam a sério sua base, como o Flamengo, usam o prestígio da competição não só para valorizar seus atletas, mas buscar experiência para o futuro.
O desprezo que a Federação Paulista de Futebol reservou ao Flamengo neste 2020 é deplorável.A perda de prazo para inscrição de novos jogadores.
O pedido do campeão da Libertadores mais do que se justificava.
"O histórico desempenho do time profissional na temporada 2019, que fez com que o calendário de jogos se estendesse até o final de dezembro - com a participação no mundial de clubes. Isso vai fazer com que as férias dos jogadores profissionais se encerrem apenas no final de janeiro.
"Sendo assim, o Flamengo contará com grande parte do elenco da categoria Sub-20, antes inscritos na Copa São Paulo, para os primeiros jogos da Taça Guanabara, cujo início se dará em meados de janeiro. Além desse fato, seis jogadores inscritos na Copinha sofreram lesões que os impedem de jogar o torneio", publicou o clube carioca, há dois dias.
A data final de inscrição dos atletas era o dia 25 de novembro.
Mas o Flamengo não poderia prever que chegaria à final da Libertadores, disputaria o Mundia Não haveria prejuízo algum se a FPF aceitasse a reivindicação do Flamengo.
Mas o blog apurou.
Havia o medo que os flamenguistas vencessem seu quinto título da competição e algum clube entrasse na justiça alegando a ilegalidade na inscrição.
Ou seja, havia o receio de que o futebol brasileiro já começasse 2020 no tapetão.
Bastaria os dirigentes da FPF terem vontade política e fizessem uma consulta formal aos demais 127 clubes que disputarão o torneio. Para conseguir a prorrogação da inscrição de atletas para a véspera da competição.
Não haveria nada demais.
Mas cadê a competência?
Não existe.
E a Copa São Paulo perde o clube mais popular do Brasil. Trem contra o Água Santa, talvez?
Há quatro times em 31 grupos.
E três no grupo 25.
Faltam o Flamengo.
Seus jogos serão considerados vitórias do Trem, Água Santa e Vitória da Conquista por WO. Três a zero.
Um enorme vexame.
E assim começa 2020
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